CÂMARA DE VEREADORES DO RIO REALIZA DEBATE SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

abr 3, 2017

O diretor de Imprensa da Feteerj e tesoureiro do Sinpro-Rio, Antônio Rodrigues, na audiência pública, na Câmara

A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro realizou na manhã dessa segunda-feira (03/04), no plenário da instituição, audiência pública que discutiu a mobilização contra a reforma da previdência. O evento foi convocado pela Frente Parlamentar contra a Reforma da Previdência Nacional, criada pelo mandato do vereador Reimont (PT).

Diversos parlamentares participaram do debate: os deputados federais Jandira Feghale (PCdoB), Luiz Sergio (PT) e Alessandro Molon (Rede); e o deputado estadual Waldeck Carneiro (PT).

Além dos parlamentares, representando a sociedade organizada, participaram do debate a professora Denise Gentil (UFRJ), Rodrigo Pacheco (subprocurador do Estado), Viviane Chaves (procuradoria geral do Trabalho-RJ) e o Presidente da CUT Marcelo Rodrigues.

O professor Antonio Rodrigues (foto), diretor de Imprensa da Feteerj e tesoureiro do Sinpro-Rio, representou as duas entidades e interveio conclamando os trabalhadores a prepararem a greve geral do dia 28 de abril contra as reformas do governo ilegítimo de temer.

Leia mais sobre a paralisação do dia 28/04.

Em sua fala, a professora Denise Gentil, do Instituto de Economia da UFRJ, afirmou que a previdência não é deficitária e que a proposta de reforma com base apenas nos gastos e não na receita é um equívoco, pois, além de penalizar só os trabalhadores, desconsidera outras possibilidades de fazer caixa como a revisão das desonerações fiscais, a revisão do índice de desvinculação da DRU, o combate à sonegação e a cobrança da dívida previdenciária das grandes corporações. “O governo aponta que, em 2060, 11% do PIB deverão ser gastos com inativos e pensionistas, caso a reforma não seja aprovada. Isso não se confirma. Estudos realizados com base no cálculo atuarial do próprio governo que projetam três cenários possíveis para o país em 2060, um ruim, um moderado e um bom, comprovam que a previdência é superavitária em todos eles”, defende Denise. “Em 2016, 53% do crescimento da dívida foram decorrentes dos juros nominais elevados e 26% foram decorrentes do câmbio valorizado. Ou seja, 79% da dívida pública são decorrência das operações de política monetária e cambial, e não dos gastos com a previdência”, afirmou a economista (retirado do site da Câmara – leia o restante da matéria nesse link).