Maia manobra e aprova urgência na votação da reforma trabalhista

abr 19, 2017

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, repetiu a tática antidemocrática de Eduardo Cunha e colocou novamente em votação o pedido de urgência da reforma trabalhista

 

Em uma manobra do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estilo “Eduardo Cunha”, o plenário da Casa aprovou há pouco nesta noite de quarta (18/04), por 287 votos a 144, o regime de urgência para o projeto de lei da reforma trabalhista proposto pelo governo Temer, que na prática representa o fim da CLT, com retiradas de direitos históricos para os trabalhadores.

Na noite de ontem, os deputados haviam rejeitado o regime de urgência por insuficiência de votos, pois o pedido obteve o apoio de 230 parlamentares, quando o necessário é 257, em uma derrota para Temer.

O prazo para emendas ao texto da reforma trabalhista ficará aberto até segunda feira (24) à tarde. A votação na comissão especial deve ocorrer na terça-feira (25). Já a votação em Plenário terá início na quarta-feira (26).

Os trabalhadores têm que reagir para barrar essa reforma, tal qual a reforma da previdência – dia 28 de abril ocorrerá a greve geral e os professores vão participar.

Leia aqui a análise da CUT sobre o quanto esse PL é prejudicial aos trabalhadores.

DO SITE DA CÂMARA: O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 287 votos a 144, o regime de urgência para o projeto de lei da reforma trabalhista (PL 6787/16). Na noite de ontem, o Plenário havia rejeitado o regime de urgência por insuficiência de votos, pois o pedido obteve o apoio de 230 parlamentares, quando o necessário é 257.

Com a aprovação do regime de urgência, não será possível pedir vista ou emendar a matéria na comissão especial que analisa o substitutivo do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).

O relatório apresentado na comissão mantém a prevalência dos acordos coletivos em relação à lei, conforme previsto no texto original, e acrescenta outras modificações, como regras para o teletrabalho e o trabalho intermitente.

A oposição protestou contra a nova votação do requerimento de urgência, um dia após sua rejeição pela Casa.